13 de maio de 2025

Estes dias que desaparecem

Lubin é um jovem acrobata cheio de energia e sonhos, até ao dia em que começa a notar algo estranho: dias inteiros que desaparecem sem explicação, como se tivessem sido apagados da sua memória. Aos poucos, percebe que a sua vida está a ser partilhada — um dia como ele próprio, no outro como alguém completamente diferente. O que seria apenas uma estranheza inicial transforma-se num pesadelo existencial, quando descobre que cada manhã acorda 48 horas depois do último dia que viveu.

Enquanto uma versão luta para preservar a sua identidade, a outra constrói uma vida paralela, com desejos, amores e escolhas próprias. Dois mundos em colisão, duas realidades que se entrelaçam num jogo de espelhos inquietante, onde a linha entre o “eu” e o “outro” se torna cada vez mais ténue.

Num crescendo de tensão, Estes Dias Que Desaparecem mergulha-nos numa fábula psicológica que aborda temas profundamente humanos, como o controlo, a perda de identidade, a dissociação e o impacto da aceleração digital no nosso sentido de permanência. Uma história que ressoa fortemente numa sociedade onde as pessoas se sentem cada vez mais fragmentadas e desconectadas de si mesmas.

Estes Dias Que Desaparecem, Timothé Le Boucher, Devir, 192 pp., cor, capa dura, 22€


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