2 de abril de 2024

Utopia - As revoluções são impossíveis até se tornarem inevitáveis

É hoje lançado, na Sala Âmbito Cultural do El Corte Inglés, em Lisboa, com apresentações de Galopim de Carvalho, Padre José Martins Júnior e Nuno Artur Silva a novela gráfica Utopia.

José, um jovem dos arredores de Lisboa durante a década de 1960, testemunha os últimos anos do Estado Novo, observando os pais dos amigos partirem para a guerra em África, ajudando as vítimas das devastadoras inundações de 1967 e entrando em contato com ideias políticas e intelectuais, livros, música e filmes estrangeiros, muitas vezes de forma clandestina. Durante a sua juventude, acompanha o crescimento da luta antifascista, a opressão, a influência da música de protesto, o festival de Vilar de Mouros e o fim do regime em 1974.

Depois do 25 de Abril, junta-se aos sectores mais activos da esquerda militar, encarnando o radicalismo, a desobediência e a intervenção revolucionária que marcaram o período conhecido como PREC.

O livro é uma coprodução. Raquel Varela, historiadora, ensaísta, professora e pós-doutorada em história das revoluções e do trabalho, e Robson Vilalba, ilustrador e sociólogo com especialização em história da arte, são os autores. Varela é uma das historiadoras mais destacadas sobre a revolução portuguesa, enquanto Vilalba foi um pioneiro do jornalismo narrativo em BD no sul do Brasil. Este encontro transatlântico, sob o lema “Tanto Mar”, tornou possível a criação desta obra.

Utopia, Robson Vilalba e Raquel Varela, Bertrand Editora, 176 pp., p&b, 19,90€

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