8 de março de 2019

Dylan Dog regressa a Portugal numa nova colecção da G. Floy Studio!


Dylan Dog, um dos mais populares personagens da BD italiana e nome maior da editora Bonelli, regressa a Portugal, agora pela mão da G Floy, inaugurando a nova Colecção Aleph, dedicada à Banda Desenhada europeia.

O Velho que Lê, um dos títulos que inauguram esta colecção, escrito e desenhado por Fabio Celoni, estará em pré-venda nos dias 9 e 10 de Março no Festival Coimbra BD, onde o desenhador italiano é um dos convidados. Até que a Morte Vos Separe, uma das mais célebres histórias de Dylan Dog (de Mauro Marcheselli, Tiziano Sclavi e Bruno Brindisi) estará também disponível em pré-venda.

Além de O Velho que Lê, uma bela evocação do poder dos livros, este primeiro volume dedicado a Dylan Dog inclui ainda a história A Pequena Biblioteca de Babel, uma divertida homenagem a Jorge Luís Borges, escrita por Tiziano Sclavi, o criador de Dylan Dog, com desenhos de Angelo Stano, o desenhador de L’Alba dei Morti Viventi, a primeira aventura do Investigador do Pesadelo.

Dylan Dog, detective privado especializado no sobrenatural e no paranormal, ex-agente da Scotland Yard e alcoólico recuperado, Dylan Dog é uma das mais fascinantes personagens da banda desenhada europeia e, juntamente com Tex, um dos maiores símbolos da qualidade das produções da editora italiana Bonelli. É também, de certa maneira, um anti-herói, cuja personalidade melancólica e reflexiva, cuja ocasional insegurança aliada à sua inteligência penetrante, souberam granjear a admiração e fidelidade de milhões de leitores - e leitoras, ou não fosse Dylan uma das personagens mais populares junto do público feminino - levando inclusive o grande Umberto Eco a declarar “Sou capaz de ler a Bíblia, Homero e Dylan Dog durante dias e dias sem me aborrecer” (Umberto Eco que apareceria na série sob a forma do prof. Humbert Coe).

Dylan Dog surge pela primeira vez em 1986, na história L’Alba dei Morti Viventi (O Amanhecer dos Mortos Vivos), uma história de zombies onde o terror se misturava com o humor, e cedo se tornou uma personagem de culto, capaz de conquistar tanto as leitoras, com a sua aura romântica, como os intelectuais como Umberto Eco, até aos apreciadores dos filmes de terror, que não ficavam indiferentes ao lado por vezes gore da série. E a época de ouro do cinema de terror italiano, representado por nomes como Dário Argento, Mário e Lamberto Bava e Michele Soavi, é uma das grandes referências de Tiziano Sclavi, o criador da série. Confirmando as ligações de Dylan Dog e do seu criador com o cinema, o herói emprestou o nome ao Dylan Dog Horror Fest, um festival de cinema de terror, que teve quatro edições, entre 1987 e 1993, onde os desenhadores de Dylan Dog partilhavam o protagonismo com grandes nomes do cinema de terror, como Dario Argento, que recentemente escreveu uma aventura do Investigador do Pesadelo.

Foi precisamente nos anos 90 que Dylan Dog passou de série de culto para verdadeiro fenómeno de massas, aspecto a que não será estranha a grande qualidade dos seus principais desenhadores, como Angelo Stano, Fabio Celoni, Bruno Brindisi e Corrado Roi. O sucesso de Dylan Dog foi tal, que chegou mesmo a ultrapassar Tex como título mais vendido da casa Bonelli, com vendas superiores a meio milhão de exemplares da revista mensal, aos quais se acrescentavam outro meio milhão com as edições especiais e reedições, ao mesmo tempo que a personagem era adaptada a outros meios de comunicação, desde o cinema e jogos de computador, ao teatro radiofónico.

Em Portugal, e depois de um período em que chegava apenas em edições brasileiras distribuídas em bancas do nosso país, Dylan Dog estreou-se em 2017 na colecção Novela Gráfica da Levoir, com Mater Morbi, uma história de enorme impacto e sucesso em Itália, para no ano seguinte protagonizar o terceiro e décimo volumes da colecção que a Levoir dedicou aos fumetti da Bonelli. Finalmente, em 2019 Dylan Dog chega ao catálogo da G.Floy, abrindo a nova Colecção Aleph, dedicada a explorar outras latitudes do universo da BD. Uma estreia que se fará em dois tempos: primeiro, no Coimbra BD, com a apresentação dos dois volumes iniciais da colecção, O Velho que Lê, de Fabio Celoni, este com a presença do autor, e Até que a Morte Vos Separe, história desenhada por Bruno Brindisi. E em segundo lugar, em finais de Abril, com a apresentação na 6ª Mostra do Clube Tex Portugal, que contará com a presença de Bruno Brindisi, desenhador do segundo volume. Serão álbuns num formato próximo do original, com cerca de 17x22 cms, capa dura, e 120 páginas a preto e branco, que recolherão uma história principal, e quando o espaço o permita, histórias mais curtas que complementarão os volumes.

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