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O leilão realizado em Dallas rendeu 1,075 milhões de dólares (790 mil euros) ao proprietário, que não chegou a ser identificado, de uma revista editada em 1939 com preço de capa de dez cêntimos. Uma década mais tarde, depois de os EUA terem vencido a II Guerra Mundial, a cópia foi comprada por cem dólares que, segundo a Heritage Auction Galleries, responsável pelo leilão, foram então considerados excessivos.
Graças ao leilão, Batman (identidade secreta do milionário Bruce Wayne) superou o eterno rival Super-Homem, estabelecendo um novo recorde de venda de uma revista de banda desenhada na mesma semana em que a primeira cópia de Action Comics, datada de 1938 (e também com preço de capa de dez cêntimos), foi transaccionada por um milhão de dólares.
A venda das primeiras aventuras de Clark Kent, o jornalista que esconde a verdadeira identidade de extraterrestre com poderes que só podem ser destruídos pela kriptonite, foi realizada através do site ComicConnect.com, cujo responsável, Vincent Zurzolo, disse à Reuters que a valorização dos comics se explica pelo facto de as pessoas procurarem algo "que lhes é próximo e que pensam ser um bom investimento".
O valor destas publicações de banda desenhada depende da sua raridade, mas também da condição em que as revistas se encontram. Nestes dois casos estavam em excelente estado.
Leonardo Ralha/Correio da Manhã