27 de março de 2025

Batman: Três Jokers

A ideia dos Três Jokers foi introduzida pela primeira vez na série Justice League, durante a fase de Geoff Johns. Na história, Batman usa a cadeira de Mobius (um artefato cósmico que concede conhecimento infinito) para perguntar o nome real do Joker. A resposta que recebe é surpreendente: existem três Jokers diferentes. Esta revelação deixou os fãs intrigados, e a minissérie "Três Jokers" foi criada para explorar esta ideia.

Estes três Jokers são representações dos diferentes tipos de Joker que surgiram ao longo das décadas:

1. O Comediante – inspirado na versão sombria e perturbadora de A Piada Mortal (The Killing Joke).

2. O Palhaço – baseado no Joker das histórias clássicas, mais focado no humor sádico.

3. O Criminoso – representando a versão fria e calculista do Joker, que age como um verdadeiro génio do crime.

A arte de Jason Fabok é um dos pontos mais elogiados da série. Fabok utiliza um estilo detalhado e sombrio, com um layout de página que homenageia o clássico Watchmen, de Alan Moore, usando frequentemente a grelha de 9 vinhetas. As cores de Brad Anderson complementam perfeitamente o tom da história, criando uma atmosfera densa e sombria.

Batman: Três Jokers, Geoff Johns, Jason Fabok, Brad Anderson, Devir, 164 pp., cor, capa dura, 20€

Demon Slayer #20

O caminho aberto a um coração inabalável é o título do vigésimo volume da série.

O Hashira da Rocha, Himejima e o Hashira do Vento, Shinazugawa, lutam contra o Jougen de Primeira Posição.  

Uma luta feroz e violenta, que desencadeia o aparecimento da marca nos dois e resulta numa força e num poder surpreendentes. 

De seguida, Genya entra em ação ao capturar parte do Jougen, enquanto se regenera…!! Qual será o resultado final desta batalha?? 

Demon Slayer #20, Koyoharu Gotouge, Devir, 192 pp., p&b, capa mole, 9,99€

Tokyo Ghoul: re #16

O episódio 16 de Tokyo Ghoul:re continua a intensa batalha entre a CCG e os ghouls, com foco nos conflitos internos de Haise Sasaki/Kaneki. Aqui está um resumo:

Batalha no Cofre da Família Tsukiyama: A CCG invade a mansão dos Tsukiyama para exterminar os ghouls. Shu Tsukiyama, ainda abalada pela perseguição, tenta resistir, enquanto Kanae luta desesperadamente para protegê-lo.

Kaneki desperta: Durante o confronto, Haise Sasaki começa a lembrar completamente de sua identidade como Ken Kaneki. Ele finalmente abraça a sua antiga personalidade, rejeitando a sua vida como um investigador da CCG.

O destino de Kanae: Kanae, obcecada por proteger Shu, enfrenta Juuzou Suzuya, mas acaba mortalmente ferido. Antes de morrer, expressa o seu amor e lealdade a Shu.

Tsukiyama é salvo: Com Kaneki de volta à sua verdadeira forma, resgata Tsukiyama, ajudando-o a escapar da CCG.

Kaneki declara sua independência: No final do episódio, Kaneki decide seguir o seu caminho, deixando a CCG para formar uma nova organização de ghouls, antecipando eventos futuros da série.

Tokyo Ghoul: re #16, Sui Ishida, Devir, 326 pp., p&b, capa mole, 9,99€

A Trilogia Nikopol

A Trilogia Nikopol é a primeira das oito obras que serão publicadas pela Devir distinguidas com os Prémio Angoulême (Óscares da BD).  

Esta trilogia, composta pelos álbuns A Feira dos Imortais, A Mulher Armadilha e Frio Equador, é uma obra icónica da ficção científica e do surrealismo. A história ocorre numa Paris distópica de 2023, onde governantes ditadores manipulam a informação e os outros homens para conservarem o poder. Nikopol, um homem que desperta após décadas congelado, vê-se envolvido em conspirações com deuses egípcios que controlam a Terra. 

Bilal explora temas como corrupção, fanatismo e identidade, com uma estética única de tons sombrios e azuis, trazendo uma atmosfera futurista e enigmática.

A Trilogia Nikopol é uma obra que, embora criada há décadas, continua a ser extremamente relevante para entender os problemas políticos e sociais do mundo actual. Enki Bilal oferece-nos uma reflexão sombria sobre o autoritarismo, a desigualdade e a manipulação mediática – temas que continuam a moldar a nossa realidade. Ao comparar a trilogia com os tempos modernos, torna-se evidente que Bilal não só antecipou muitas das nossas preocupações contemporâneas (crescimento dos movimentos nacionalistas e populistas e manipulação do discurso político), como também nos deixou um alerta poderoso sobre o futuro que podemos enfrentar. 

O uso de figuras quase divinas (como os deuses) também pode ser visto como uma crítica ao culto da personalidade em líderes políticos que se apresentam como salvadores, mas são igualmente manipuladores. 

A Trilogia Nikopol, Enki Bilal, Devir, 180 pp., cor, capa dura, 22€

Astra Lost in Space #1

Astra Lost in Space combina elementos de ficção científica, aventura e mistério, com um enredo cativante. A história passa-se no ano de 2063, quando as viagens espaciais se tornaram comuns. Um grupo de nove estudantes parte para um acampamento escolar num planeta remoto. No entanto, ao chegarem, são misteriosamente sugados por uma esfera de luz e transportados para uma região do espaço distante, a cerca de 5.000 anos-luz da Terra. Sem comunicação e com recursos limitados, os jovens precisam de trabalhar juntos para sobreviver e regressar a casa, viajando de planeta em planeta enquanto tentam desvendar o mistério por trás do incidente.

Será que nove adolescentes perdidos no espaço a mais de 5000 anos-luz vão conseguir voltar para casa sozinhos? 

Num futuro onde as viagens espaciais são possíveis, um grupo de estudantes está de partida para o seu primeiro “Acampamento Planetário”, uma excursão ao planeta McPa, sem a presença de adultos. Tudo parece correr bem para Kanata Hoshijima e os seus oito novos companheiros até que uma misteriosa esfera os transporta para as profundezas do espaço, onde encontram uma nave espacial abandonada que pode ser a única forma de voltarem para casa. 

Astra Lost in Space #1, Kenta Shinohara, Devir, 200 pp., p&b, capa mole, 9,99€

26 de março de 2025

World Press Cartoon 2025


O World Press Cartoon (WPC), salão português de desenho de humor na imprensa, regressa no último trimestre do ano, agora no município de Oeiras, com uma selecção de obras não publicadas fora de concurso, avançou o cartoonista António.

 “Não há uma data precisa. Sabe-se que o que nos está reservado é o último trimestre, sabe-se também que vai ser no Palácio Anjos e que vai ter um espetáculo de entrega de prémios no auditório Ruy de Carvalho”, afirmou António Antunes, que assina o seu trabalho gráfico apenas com o primeiro nome.

Como tivemos dois anos parados e não sabemos exactamente qual é o estado do ‘cartoon’ em termos internacionais, sabemos que muitos jornais deixaram de publicar ‘cartoons’, portanto, nós flexibilizamos um pouco mais, ou seja, aceitamos desenhos deste período que não tenham sido publicados”, explicou António.

 O organizador do certame acrescentou que os ‘cartoons’ inéditos “concorrem fora de concurso” e “não são candidatos aos prémios”, com a exposição dos selecionados em cada uma das categorias.

 “O salão continua dotado de uma aliciante estrutura de 10 prémios, que inclui um ‘Grand Prix’ de 10.000 euros”, refere-se no site do WPC, informando que, perante o interregno, “a título excecional, serão admitidos a concurso desenhos publicados num período alargado” de 1 de Janeiro de 2024 a 15 de Maio de 2025.

Segundo o regulamento, o WPC integra as categorias de cartoon editorial, com obras sobre temas e acontecimentos específicos da actualidade, caricatura, com trabalhos de caricatura em sentido estrito, admitindo-se exclusivamente retratos humorísticos, e desenho de humor, acerca de temas sem relação direta com a actualidade.

 São admitidos a concurso trabalhos publicados “em jornais ou revistas de periodicidade regular e de venda ao público, ou em publicações ‘online’ de reconhecida natureza jornalística” e não serão aceites “obras realizadas com recurso a ferramentas de Inteligência Artificial”.

Fonte: LUSA

25 de março de 2025

O fogo

O Fogo é uma novela gráfica do autor espanhol David Rubín, conhecida originalmente como El Fuego

A narrativa centra-se em Alexander Yorba, um arquitecto de renome que enfrenta uma crise pessoal e global. Com um asteróide em rota de colisão com a Terra, Yorba é incumbido de projectar uma colónia lunar para assegurar a sobrevivência humana. Paralelamente, é-lhe diagnosticado um tumor cerebral terminal, levando-o a abandonar o projecto e a procurar reconectar-se com a sua família. Esta decisão desencadeia uma série de eventos que o conduzem numa odisseia pessoal, explorando temas de mortalidade, redenção e sobrevivência. 

Obra vencedora do Prémio Zona Cómic - Todostuslibros para a Melhor BD do Ano (publicada em Espanha) 2022

O Fogo é uma grande banda desenhada, teria adorado ser eu a fazê-la. Penso que o mais difícil numa história de ficção-científica é encontrar um enredo humano que esteja à altura da grandiosidade do argumento fantástico. E para mim esta história consegue-o.” Paco Roca

O Fogo, David Rubín, Ala dos Livros, 256 pp., cor, capa dura, 44€