Em Southeaven, pequena cidade de província, chamam-lhe River Man, porque este assassino psicopata prefere os cursos de água para matar as suas vítimas, todas prostitutas. Tiffany, uma drogada, também ela uma prostituta, viveu em adolescente uma intensa paixão com Dylan Dog. Ao procurar um livro no estúdio, o detective do pesadelo encontra uma noz muito particular, e decide tentar reencontrar a sua amiga, depois de tantos anos de ausência, acabando por investigar a morte das mulheres e mergulhar nas memórias distantes de um passado comovente.
Inspirado no romance de Tiffany McDaniel "On the savage side", Picada Mortal é a história de uma família disfuncional onde o bem e o mal se encontram entrelaçados de maneira indistinguível, uma combinação complexa que se irá repercutir ao longo dos anos, da infância até à idade adulta. À semelhança de O Imenso Adeus (já publicado pela Seita), a narrativa situa-se no passado e no íntimo de Dylan Dog, e desenvolve-se num contexto social dramático onde o protagonista é um vislumbre de humanidade num meio do desespero e cinismo. Uma história sensível e apaixonante pelas suas implicações sociais e pessoais.
Alberto Ostini, nasceu em 1968, na Lombardia. Apaixonado pelo cinema, é distinguido com uma tese sobre Nanni Moretti, Ostini combina a sua actividade de publicitário e ensaísta com a de autor de sátiras políticas. Como ensaísta colabora em revistas de crítica cinematográfica como Duel e Film, e organiza também várias obras sobre BD, Eroi d’inchiostro - Antonio Serra racconta Nathan Never e Legs, com Giovanni Garbelini, e em 1998 o volume Dylan Dog - Indocile sentimenti, arcane apure, que inclui a famosa entrevista de Umberto Eco a Tiziano Sclavi. Desde 1995 que colabora com a Sergio Bonelli Editore como argumentista de Legs Weaver, Nathan Never, Napoleone, Universo Alfa, Dampyr, Greystorm e, mais recentemente, Le Storie e Dylan Dog.
Francesco Ripoli nasceu em Livorno, vive e trabalha em Castiglioncello, num estúdio perto do mar, que sempre o atraiu. Diplomado em Educação Visual pelo Istituto d’Arte Russoli em Pisa, e em Pintura pela Accademia delle Belle Arti em Florença e também pela Facultad de Bellas Artes em Sevilha, Ripoli tem várias obras expostas em exposições e galerias entre Itália e Espanha. Para o autor, o facto de ter crescido junto ao mar juntou a dinâmica da água à paixão pelo desenho, considerando que mover um lápis sobre uma folha de papel é comparável à prática da meditação. Na banda desenhada, o seu primeiro trabalho foi Spaguetti Western em 2007, seguindo-se em 2008 Ilaria Alpi, il prezo della verità, escrita por Marco Rizzo, que recebeu o prémio Attilio Micheluzzi para melhor BD na Comicon de Nápoles em 2008, e o prémio Carlo Boscarato para melhor estreante no Festival de BD de Treviso. Adaptou ainda Senza Sangue, um conto de Alessandro Baricco com argumento de Tito Faraci, até ser convidado pela Sergio Bonelli Editore para colaborar em Le Storie, passando depois para Dylan Dog, onde se vai estrear na série mensal com Graphic Horror Novel: il sequel, escrita por Diego Cajelli. Ensina artes gráficas num liceu artístico, e tem colaborado com inúmeras editoras e revistas italianas e internacionais.
Dylan Dog - Picada mortal, Francesco Ripoli e Alberto Ostini, A Seita, 104 pp., p&b, capa dura, 14,99€
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