25 de novembro de 2021

Dylan Dog: O Número Duzentos

Criado por Tiziano Sclavi, Dylan Dog é o célebre investigador do paranormal, o Detective do Pesadelo, uma das mais conhecidas personagens de BD de sempre, cujas aventuras ao mesmo tempo aterradoras, inquietantes e melancólicas, têm encantado leitores - e leitoras - em todo o mundo.

No início da sua carreira como detective do pesadelo, Dylan Dog recorria aos dotes “habilidosos” de Groucho... mas tudo muda quando enfrentam o seu primeiro monstro real. E como deixou ele a polícia, mudando-se para a lendária casa de Craven Road? São muitas as revelações inéditas sobre o passado do Detective do Pesadelo que vão descobrir neste volume, em que o leitor fica a saber tudo aquilo que queria mas nunca tinha ousado perguntar.

O título deste volume, O Número Duzentos, remete para o número da edição original italiana em que foi publicada, mas também ao número do prédio onde o Comissário Bloch vive, e que vai ser cenário dos momentos mais decisivos da história. Nesta história, o leitor vai assistir a um conjunto de revelações inéditas: ficaremos a saber como Groucho se tornou assistente do herói, como Dylan se estabeleceu em Craven Road e se tornou um detective do oculto, descobrimos também que caiu no alcoolismo após a morte de Lillie, e que Groucho e Bloch foram decisivos para que Dylan conseguisse libertar-se do vício. Uma história emotiva e absolutamente definidora da trajectória de uma das mais interessantes personagens dos fumetti, e que, embora possa perfeitamente ser lida de forma autónoma, faz também a ponte com outros episódios marcantes da saga do detective do pesadelo, como Até que a Morte vos Separe (de que é de certa maneira uma sequela) e O Imenso Adeus.

Primeira mulher a escrever uma história de Dylan Dog e uma das mais populares e prolíficas argumentistas da série, Paola Barbato nasceu 1971, e desde que se recorda que sempre escreveu. Em 1996, convenceram-na a apresentar os seus trabalhos em várias editoras, incluindo na Sérgio Bonelli Editore, na redacção de Dylan Dog, série de quem era fã. Contactada pelo editor Mauro Marcheselli, veio a escrever um álbum de Groucho, Il cavaliere di sventura, publicado no Speciale La preda umana. A sua entrada na série mensal ocorreu em 1999 com Il Sonno della ragione (#157), e daí para cá, tornou-se numa das principais autoras da série e numa autora fundamental no desenvolvimento do universo dylaniano. Os seus trabalhos para a Bonelli não se esgotam em Dylan Dog, desenvolvendo argumentos para um extenso conjunto de publicações. Foi galardoada com o Prémio Scerbanenco (que premeia romances policiais) pelo seu romance Mani Nude, e por duas vezes com o Gran Guinigi, primeiro na qualidade de melhor argumentista de 2013, e em 2017, com Corrado Roi, com Ut, para melhor série.

Oriundo de uma família de artistas, Bruno Brindisi nasceu em 1964. Autodidacta, com apenas dezanove anos fundou a Scuola Salernitana com Roberto De Angelis e Luigi Siniscalchi, com quem publicou a revista amadora Trumoon. A sua carreira profissional começa em 1986, desenhando histórias eróticas para a Blue Press e a Ediperiodici. Em 1990, com apenas vinte cinco anos, entra na Bonelli, desenhando alguns episódios de Nick Raider, até entrar na equipa de Dylan Dog, série onde se vai estrear com a aventura Il Male, escrita por Tiziano Sclavi. Desenhou inúmeras outras personagens para a editora, e desenvolveu projectos para o mercado franco-belga. Em 2015, foi galardoado com o prémio Romics d’Oro, apenas um de inúmeros prémios e reconhecimentos que recebeu pelo seu trabalho. 

Dylan Dog: O Número Duzentos, Bruno Brindisi e Paola Barbato, A Seita, 104 pp., p&b, capa dura, 13€






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