Estamos em Londres, no Inverno de 1887. Peter é uma criança e, como tantas outras naquela cidade, vive na pobreza e na miséria. Tem, porém, o condão de contar histórias fantásticas aos seus companheiros, conseguindo assim trazer um pouco de luz e de sonho às suas vidas sombrias. Nesse contexto, inventa uma mãe afectuosa e elegante, em manifesto contraste com a sua que, consumida pelo álcool, há muito deixou de lhe proporcionar qualquer tipo de sustento e muito menos de carinho.
Na verdade, Peter tem a sorte de ter conhecido o Sr. Kundal, um velho médico que decide protegê-lo e ajudá-lo, dando-lhe não só de comer, mas encarregando-se igualmente da sua educação: ensina-o a ler, escrever e contar, e é ele que inicia o jovem indigente no apaixonante mundo das histórias e das lendas.
Certo dia, o Sr. Kundal conta a Peter que conheceu o pai dele e entrega-lhe um livro sobre mitologia grega que lhe tinha pertencido. Para Peter, esse é o único legado de um pai desaparecido.
Na sequência de uma discussão particularmente violenta com a mãe, durante a qual ele se vê pela primeira vez forçado a defender-se, Peter refugia-se no velho porto e começa a ler o livro do seu pai. É então que lhe aparece uma estranha criatura, uma pequena fada inquieta, que lhe pede para a seguir…
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