23 de junho de 2018

The Ghost in the Shell: Novidade de uma nova editora

A JBC, editora especializada em mangá no Brasil, chega agora a Portugal. Acumulando uma experiência de 25 anos no mercado da cultura japonesa, a  JBC faz parte do JBGroup, um grupo de comunicação que nasceu no Japão em 1992 e, desde 2001, publica mangá no Brasil. Actualmente, a JBC imprime no Brasil  dez novos títulos de banda desenhada japonesa por mês e por ano chega a cerca de 1 milhão de exemplares. A partir de agora, inicia-se uma nova produção voltada especialmente para Portugal, com mangás produzidos e adaptados 100% em território português. 

O primeiro título já está na gráfica em Sintra e, na semana que vem, estará disponível para ser distribuído para as lojas. 
Trata-se de um grande clássico do Japão que, com certeza, despertará a atenção dos consumidores: The Ghost in the Shell, de Masamune Shirow.

Inédita em Portugal, a nova versão tem acabamento de luxo. Ela segue o mesmo padrão da versão brasileira, a primeira do mundo a usar os arquivos remasterizados pelo próprio autor. O mesmo material foi utilizado para esta versão portuguesa. A sobrecapa foi impressa com duas cores extras, usando no total seis cores na sua composição. Tem ainda um formato especial (17 x 24 cm - bem maior que o mangá tradicional japonês), além do papel Lux Cream nas páginas internas. São 352 páginas, sendo que destas 62 são coloridas! Ou seja, uma verdadeira edição de coleccionador.

A pedido do próprio autor, as badanas continuam em japonês, para preservar a escrita à mão em kanji (caracteres japoneses), com a tradução no final do mangá. Para manter a obra o mais próximo possível do original japonês, a quarta capa é trilíngue: em inglês, japonês e com inserções em português.

Publicada originalmente no Japão entre 1989 e 1991, The Ghost in the Shell é uma das obras mais impactantes entre os mangás de ficção científica, tendo influenciado diretamente tudo o que saiu depois dele, inclusive o filme americano Matrix. Trata quase que "filosoficamente" sobre Inteligência Artificial, tema absolutamente atual.
Em 1995, o renomado diretor japonês Mamoru Oshii levou para as telas de cinema o universo idealizado por Masamune Shirow na banda desenhada e o anime se tornou um dos mais cultivados de todos os tempos.
Depois disso, o mangá The Ghost in the Shell ainda foi expandido para outras 6 séries animadas e mais 3 longas em animação. No ano passado foi adaptado para as telas em Hollywood com ninguém menos do que a super estrela Scarlett Johansson (a Viúva Negra dos Vingadores) na pele da Major Kusanagi.

Apesar de ser uma obra única, no começo dos anos 2000, Masamune Shirow voltou ao universo da Major Kusanagi nos mangás. Lançou The Ghost in the Shell 2.0 e, depois, a versão 1.5 de sua obra original de 1989. Essas duas bandas desenhadas serão publicadas em breve pela JBC Portugal.

Influenciado por obras “cyberpunk” do final dos anos 1980, como o mangá Akira e o filme Blade Runner - O Caçador de Andróides, o cenário escolhido por Masamune Shirow para The Ghost in the Shell foi o futuro distópico de 2029, em que a alta tecnologia se mistura a uma sociedade decadente e desigual. É nesse universo à beira do colapso que a Major Motoko Kusanagi encabeça a Secção 9 da Segurança Pública japonesa. Motoko é uma ciborgue altamente treinada, que tem como missão desvendar uma série de crimes cibernéticos realizados por um hacker conhecido como o Mestre dos Fantoches. Em meio à caça ao criminoso virtual, Masamune Shirow insere na trama questionamentos existencialistas, ponderando até mesmo se alguém provido meramente de Inteligência Artificial é, de facto, um ser vivo. E foi exactamente essa mistura de ficção científica, acção e temas filosóficos que fizeram do mangá The Ghost in the Shell uma leitura obrigatória.

Masamune Shirow é um dos mangakás mais proeminentes do movimento cyberpunk que tomou o Japão nos anos 1980. Nascido em 1961, em Kobe, começou sua carreira em 1983 com o título Black Magic. A partir de 1985, contabilizou grandes sucessos do gênero como Dominion e Appleseed. Shirow viria a publicar sua obra mais famosa em 1989. The Ghost in the Shell tornou-se um sucesso mundial, sendo adaptado em filmes animados para o cinema e para séries de TV e vídeo.
Dois anos depois do lançamento de The Ghost in the Shell, Masamune Shirow lançou Orion.

Major Motoko Kusanagi - é a principal agente da Secção 9 da Segurança Pública japonesa. Motoko foi altamente treinada para combates e, por ser uma ciborgue, possui algumas habilidades especiais como força, agilidade e inteligência sobre-humanas, além da capacidade de camuflagem.
Batou - é o braço direito de Motoko, o grandalhão está sempre dando cobertura para a sua comandante quando em missão. Não chega a ser um ciborgue, mas também possui próteses robóticas.
Chefe Daisuke Aramaki - é o Chefe da Secção 9 e comandante de Motoko. É ele quem dá à Major as mais complexas missões enquanto lida com a política interna do Governo. Apesar de não gostar de demonstrar, preocupa-se muito com a integridade de sua equipa.
O Mestre dos Fantoches  é o lendário super hacker que comete crimes cibernéticos. Ninguém sabe quem ele é ou se existe de verdade. É caçado por Motoko e pela Secção 9.

The Ghost in the Shell, Masamune Shirow, JBC Portugal, 352 pp. (62 a cores), capa flexível com sobrecapa, 34,99€

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